quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Quem eu sou?



Quem eu sou?

Essa é uma pergunta que todo mundo faz... ou será que não?


Não sei, e nem tenho vergonha de não saber, já que o grande Socrátes dizia que, mais inteligente era aquele que sabia que não sabia. Parece loucura, mas quem sou eu? Eu queria saber, e você também quer saber quem você é! Este é um grande enigma na vida de todo ser humano.


Pior ainda é saber que esse questionamente faz questionar muitas outras coisas, como por exemplo de onde vinheram as coisas? Como surgiram as coisas? É, a coisa é mesmo uma coisa complicada! E mais complicado ainda é saber que cada pessoa tem um pensamento diferente... será então que as coisas surgiram de uma coisa diferente? É, pode ser... ou será que não pode?

Aí complica tudo de novo! Sabe de uma coisa? Eu acho bem melhor eu ser eu... E quanto a você? Ah, você seja você! Melhor assim, você não pergunta nada pra mim e eu não pergunto nada pra você... Seja lá quem eu for, ninguém vai querer entender, a não ser que eu diga que eu sou eu e que você é você?!


Por Mayára Lima

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Augusto dos Anjos, único e original


Augusto dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, PB, em 20 de abril de 1884, autor de apenas um livro, o conhecido “Eu”, publicado em 1912, faleceu em Leopoldina, MG, aos 30 anos de idade, vítima de pneumonia. É altamente conhecido, lido e estudado, especialmente pelo seu “mau gosto”, sua linguagem cientificista, biológica, matemática e considerada antipoética, remete bastante ao nordeste e a filosofia materialista que o poeta estudou no curso de Direito.


Seus poemas enfatizam um pessimismo atroz, e principalmente ao nada e ao fim existência humana, e são contidos de uma musicalidade rude, agressiva e forte. Exagerado e direto, o poeta paraibano se queixa de tudo, da Vida, da Humanidade, da Religião, do Amor e até mesmo dele.


Vale também ressaltar que a sua poesia é paradoxal, chocante e extremamente original, mesmo tendo base em outros autores como: Schopenhauer, Spence, Darwin, Comte, Baudelaire e Nietzsche , porém seu contexto é incomparável e bem elaborado.


A idéia de concretismo que o poeta passa para o leitor, a mistura de características de diferentes escolas literárias, como Simbolismo e Parnasianismo, sua estética e o seu incrível vocabulário da podridão, o fazem um dos melhores poetas da Literatura Brasileira.


Algo que não pode deixar de ser dito é a excepcional mistura e descrição de temas concretos com temas abstratos, é a chamada dialética do localismo versus cosmopolitismo, muito constante em Augusto dos Anjos.


Por Mayára Lima

A Literatura como principal responsável pelo descobrimento da nacionalidade brasileira.


Definir uma cultural local nunca foi tarefa fácil, e com nós brasileiros não poderia ser diferente, pois num país de tantas diferenças e miscigenações, a tarefa acaba se tornando mais difícil ainda.


O choque que tiveram os colonizadores ao se depararem com os nativos, foi forte, pois eram culturas totalmente diferentes uma da outra. O português ambicioso teria que povoar o local e criar uma rota marítima regular, para explorar o pau-brasil e a cana-de-açucar. Mas somente isso não era suficiente, seria preciso apagar a cultura indigena, nacional e de vários deuses, e IMPOR a cultura branca, européia e cristã. Atitude questionada e criticada até os dias de hoje, pois somente por riquezas, foram mudados costumes de inocentes. Temos publicações desses momentos, porém publicações que não podem ser consideradas literatura, mas sim literatura de informação.


Tudo isso acabou influenciando a nossa Literatura, que era produzida de acordo com os moldes europeus, não possuindo assim o nosso país, uma literatura que remetesse e defendesse a nossa cultura. Com o surgimento do Romantismo, o Brasil consegue ter a NOSSA Literatura, a prova está nos poemas sátiros de Gregório de Matos, nos romances indianistas de José de Alencar e nos sublimes poemas nacionais e patriotas de Gonçalves Dias e Castro Alves.


No período romântico foi que o Brasil atingiu uma grande noção de identidade cultural, pois é nessa época que os escritores surgem marcadamente nacionalistas, com uma forte consciência nacional, capaz de fazer uma literatura composta de raízes nacionais, mostrando assim, a diferenciação entre a cultura nativa e a do colonizador, não levando em conta as regras impostas para uma produção cultural e escrevendo de uma forma inovadora e de grande importância para a nossa cultura.Vemos que a Literatura foi de imensa importância para definir a cultura do nosso país, pois foi através do Romantismo, representado de forma nacionalista, com a sua força de liberdade, e de autores como José de Alencar, que escreveu Iracema e muitos outros romances indianistas retratando o nascimento do primeiro brasileiro, é que o nosso país enxergou a sua bonita e verdadeira identidade nacional.


Por Mayára Lima